"Como o papai não reconhece o coletivo mulher em sua capacidade pensante, senão que à sua 'filha', esta adquire uma liderança não compartida. Ao assignarse fazer política para as mulheres através do poder que les deu o papai, algumas mulheres adquirem poder sobre o coletivo de mujeres, mas não fazem política de mulheres e desde as mulheres."
- margarita pisano, as regalonas do patriarcado
(isso explica a fundo a institucionalização, a incapacidade de encontrar-nos (a auto-destruição dos encontros e espaços de mulheres), nossa aceitação dos teóricos gays e masculinos da pós-modernidade e nossa apenas capacidade de legitimação por meio deles e das vozes masculinas (derrida, foucault, deleuze), nossa identificação com a masculinidade pensante e aceitação destas mulheres neste marco simbólico (butler, preciado, aquela das masculinidades lésbicas), nossa briga entre nós mesmas para sermos as únicas e as verdadeiras-feministas, nossa colonização pela heterosexualidade obrigatória acadêmica, institucional, estatal, emfim nossa incapacidade de fugir profundamente do marco simbólico patriarcal: a feminilidade).
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