terça-feira, 17 de julho de 2012

intelecto proibido a oprimida

"Um exemplo deste tipo de revelação/conceptualização ocorreu em uma juntada na qual discutimos as maneiras em que nossos interesses intelectuais haviam sido atacados por nossos iguais, em particular pelos homens Negros. Todas descobrimos que porque eramos “inteligentes” também nos consideravam “feias”, isso é, “inteligente-feia” Ser “inteligente-feia” pôs em evidência que todas havíamos sido obrigadas a desenvolver nossos intelectos ao grande custo das nossas vidas “sociais”. As sanções das comunidades Negras e brancas contra as pensadoras Negras são muito altas em comparação às mulheres brancas, em particular às educadas de classe média e alta." (manifesto rio combahee river)



Os homens sempre são massa quando são intelectuais. A identificação com a intelectualidade é uma linguagem da guerra (vencer, retórica, argumentos, disputa, lógica, razão). garotas burguesas privilegiadas também são maneiras quando são principalmente queer-academicas com vocabulario arrojado falando só o que o sistema quer ouvir. o conhecimento que parte de nossa experiência, vivência e corpo sempre foi desvalorizado. daí partiu a teoria feminista. falam que somos ilegítimas e desqualificadas em nosso 'método'. Que o feminismo antigo é ilógico (segunda onda), essencialista, universalizante, e qualquer outra nota de não ter passado no exame vestibular da pertença ao patriarcado branco neoliberal. ser mulher pensante de verdade é arriscado. Se ainda pensamos o que o sistema quer, nos gratificam. Não ser pertencente à verborragia trendie burguesa pseudo-prog universitariazante significa não ser ouvida e não estar dizendo nada. 'a mulher não existe', afinal.

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