segunda-feira, 11 de junho de 2012

Conceitos de agência, individualismo liberal, discursos pós-modernos e sua cumplicidade gritante com a colonização tecnológica de nossos corpos, meio ambiente e vidas. Respaldo Ideológico da Globalização Tecnológica Patriarcal.

Sinceramente pessoas, essa história pós-moderna de que "não existe uma natureza, isso não passa de um discurso" possui implicações éticas que tinhamos que estar atenta na hora de escolher nossas compreensões da realidade. Esta no caso, é produzida no contexto atual ao meu ver, e anda ao lado da nova noção de "agência" liberal. Esse discurso é muito favorecido num contexto de novas tecnologias que dominam nossas vidas, principalmente tecnologias reprodutivas, sexuais e seu papel clássico no controle das mulheres. Sem falar da tecnologia médica, farmacêutica, e seu império, especista, patriarcal, racista, e que se tratam de um campo de Poder, e não se enganem com as mentiras ou discursos produzidos pelos mesmos, de que existem para salvar nossas vidas ou melhorá-las, esse discurso é uma fachada, a tecnologia é uma maneira de construir hegemonia e poder pelos grupos de sempre que destroem o planeta. Aí vem a galera pós-moderna aí, "subversivamente" mutante, e fala que entender os usos de tecnologias farmaceuticas, médicas e ginecológicas, industriais, é uma polícia feminista? gente, não. Natureza existe. É algo bem real. Não é discursivo, é fenomenológico: você faz uma merda com seu corpo, ele reage. A reação é uma defesa e já é cura, por mais sofrida que possa parecer, até mesmo as formas de adoecer podem ser entendidas dessa maneira, por paradoxais que sejam no caso do adoecimento psíquico (ou os tais "transtornos mentais", de humor etc). A lógica é: quanto mais próximo do vital, melhor, seja com os alimentos ou nossas vidas. É uma leitura sobre meu corpo, a reação dele aos químicos e industriais, mas minha leitura não é só um relativismo fenomenológico. Eu leio dentro dum contexto patriarcal, mas é uma coisa bem real que esse meu "corpo", essa "natureza", reage contra uma coisa real que é um "dano", físico no caso. Com esse tipo de justificativa fornecida pelo mesmo sistema que nos vende suas merdas, justificamos também que tudo é relativo, e que eu como feminista é apenas uma escolha pessoal que eu não injeto hormônios que regularizem ou controlem ou impeçam minha menstruação, que não uso absorventes industriais, mas as demais mulheres, é escolha sua se elas quiserem implantar-se um lance de hormonio por meio de cirurgia, para pararem de menstruar, e depois morrerem ou melhor, serem mortas pela política de ódio patriarcal contra nossos corpos. Não dá, desculpa feministas de 3a onda, eu não acredito nisso e podem me chamar de impositora e totalitária, mas não dá mesmo. Eu prefiro ainda a Deusa que o Ciborgue, "Dona Haraway"... É um ataque total às mulheres.



(a desenvolver mais. Pontos: especismo do império farmacêutico. racismo do império farmacêutico e das políticas reprodutivas, misoginia das teorias pós-modernas e ódio aos corpos das mulheres como eles são, compreender o ciclo medicinal agressão aos corpos-venda dos medicamentos como ataque aos corpos das mulheres, e tentar entender por que as argumentações pós-modernas em torno ao uso das tecnologias como beatriz preciado, haraway e os feminismos influenciados pela teoria de discurso e análise de discurso são tão liberais e por que são tão respaldados e difundidos, que papel jogam eles na instalação desse regime democrático ocidental patriarcal e capitalista e por que ninguém vê que isso é óbvio. Emfim lembrem-me de alongar esse post).

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