segunda-feira, 11 de junho de 2012

gênerxs

Tal vez o que explique que os feminismos e suas correntes atuais de "gênerx", de sexualidade como escolha privada, e o anarquismo, sejam tão liberais, é de que tenham saído duma tradição de pensamento iluminista e que se desenvolveram, e nós mesmas aqui e movimentos sociais, no contexto dos Estados Modernos, contratualistas, burgueses. Tudo é uma questão de arreglar o contrato entre burgues e proletário. Se o proletário tá feliz nesse contrato, não importa se é explorado. É assim que as pessoas pensam e assim que se mobilizam. Então nenhum movimento por mais radical que pose, por exemplo @s anarquist@s, que reproduzem os mais extremos da ideologia liberal, deixa de ser institucional ou reformista, no contexto das democracias ocidentais. São colonizadas por ela, e lutam por "melhoria", para melhorar o próprio capitalismo. E por isso que ter claro isso e escolher posições políticas que não apostam no liberalismo e no contratualismo e sim em mudanças substanciais e estruturais, é uma contradição e um gasto de energias tão grande. Sempre vamos ser um ataque ao direito burguês privado, sempre vamos ser restrição a liberdade de cada burgo de explorar seus próprios explorados, e dos proletários escolherem qual exploração é a melhor porque tentamos difundir que a luta organizada é melhor que ganhos pequenos privados.

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