segunda-feira, 11 de junho de 2012

sobre encontro feminista autônomo latino america e caribenho ou encontro feminista autônomo de Porto - Alegre

Não sei se posso escrever algo sobre esse encontro. Igualmente já devia haver sido escrito se sim, para aproveitar o calor do momento. Mas não sei quanto acúmulo e segurança tenho pra escrever alguma coisa, no sentido da minha compreensão de conjuntura. Pessoalmente a experiência a vivi de muitas maneiras, para mim é muito afetiva a busca que tenho nos encontros. Eu necessito estar entre feministas e conehcer seus mundos, suas visões, e necessito aprender a abrir-me para as tantas construções feministas... dos encontros eu espero somente o que cada feminista pode em enriquecer. Mas o problema para mim do encontro foi o término sem um "cierre", sem propostas práticas do tipo: quando o próximo, onde e quem.

O que saiu foi uma nota de Ochy Curiel, muito interessante em alguns pontos. Embora a crítica que eu faça seja da gente (nosotras) sempre sairmos escrevendo notas e análises muito intelectuais e analíticos, e não nos propormos a responsabilização pessoal e coletiva sobre o que passam com os encontros. É só Neoliberalismo, Capitalismo, Heteropatriarcado, ou tem algo das nossas maneiras de fazer política? Isso é uma discussão mais profunda que não sei se o campo da escrita permite, além da escrita também estar no campo da política ou da exterioridade. Segue uma parte da nota. O texto total se encontra no site do efalac.




"Estas experiencias destes dois encontros, nos mostram de alguma maneira como está a política feminista autônoma supostamente contrahegemônica e crítica; evidencia quão longe estamos de um projeto político descolonizador e atento ao sofrimiento dos grupos mais vulnerabilizados das mulheres e povos do continente; evidencia uma volta a um feminismo com rasgos diferencialistas, combinado com pós-feminismo que só questiona as estruturas do sistema sexo/gênero e que embora retoma questões importantes como “o pessoal é político”, “el affidamiento”, a construção de confianças entre nós, que aposta a deconstruir o binário, se torna sem conteúdo porque não passa por una compreesão das realidades onde estamos atuando e vivendo, que são racializadas, (hetero) sexualizadas, chupadas pelas multinacionales, metidas de cabeça no consumismo, noindividualismo e na apatia de construir e fortalecer movimentos sociais mais críticos e com propostas transformadoras."

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